
(Por Rafael Andrade Jardim – Editor ‘Mundo SPFC’) O futebol brasileiro tem essa mania: basta um treinador ser demitido para que alguns nomes apareçam, quase automaticamente, como solução para qualquer clube grande em apuros.
E no São Paulo, agora que a cadeira de técnico balança, Dorival Júnior volta à pauta. E com sua demissão da Seleção, em paralelo ao fraco desemprenho do Zubeldia, o burburinho ficou ainda mais forte. Mas eu já adianto: sou contra esse retorno.
Não é uma defesa incondicional de Luis Zubeldía. O argentino, até agora, não mostrou a que veio. Falta um padrão de jogo, os erros são evidentes, e a equipe precisa evoluir se quiser almejar algo maior. OK< tudo isso é verdade.
Mas a solução para qualquer crise não pode ser, sempre, a troca de treinador. O São Paulo não pode cair na armadilha da impaciência que domina o futebol nacional. Trocar de técnico como quem troca de roupa a cada estação é um ciclo vicioso que impede a construção de um projeto sólido.
Dorival tem uma história recente e vitoriosa no clube. Conquistou a Copa do Brasil de 2023, um título histórico. Mas é preciso olhar além do troféu. Aquela conquista foi um feito isolado, não o início de uma nova era. O cenário ajudou: Flamengo, Palmeiras e Corinthians não estavam em seus melhores dias. Lucas Moura chegou e transformou a equipe. A torcida jogou junto como há tempos não se via. Tudo isso pesou tanto quanto o trabalho do técnico.
Após aquele título histórico, o time voltou à sua dura realidade. No Brasileirão, os desempenhos foram irregulares, as vitórias fora de casa rarearam, e o brilho da Copa do Brasil ficou para trás.
Sem querer ser ingrato, mas o próprio Dorival nunca foi conhecido por trabalhos duradouros em grandes clubes. Escrevo isso com todo respeito mesmo e para reforçar que aquele título foi um feliz acaso. Havia chegado a hora de vencermos a Copa do Brasil.
O São Paulo precisa encarar as consequências de suas escolhas. Apostou em Zubeldía? Então, meu amigo, é preciso, ao menos, tentar fazer esse projeto dar certo.
Isso não significa passar pano para os erros, mas sim entender que trocar de treinador a cada tropeço só afunda ainda mais o clube. E convenhamos, o mercado não está farto de nomes capazes de transformar o time de um dia para o outro. Renato, Diniz, Mano, o próprio Dorival…. são nomes conhecidos, mas eu não aposto em nenhum deles fazeno um grande trabalho.
Por isso, não vejo sentido em pensar em Dorival Júnior agora. O São Paulo precisa parar de buscar soluções fáceis e construir um caminho realmente consistente. Se Zubeldía não é a resposta, que se busque algo novo. Mas repetir velhas fórmulas que já mostraram seus limites? Aí já é demais. E mais: Não à venda de Cotia. Clique AQUI para ver.
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