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Por Rafael Andrade Jardim

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Ceará 1 x 1 SPFC – velhos problemas em um empate razoável

Foto: reprodução vídeo

(Por Rafael Andrade Jardim – Editor ‘Mundo SPFC’) – Assistir ao jogo entre São Paulo e Ceará foi uma verdadeira maratona — não apenas dentro de campo, mas também fora dele. No fim das contas, o que se viu? Um São Paulo com lampejos de coragem, mas ainda preso a velhos fantasmas.

Como esperado, Zubeldía mandou a campo um time misto, poupando nomes importantes como André Silva. A boa notícia foi a oportunidade dada a Ryan Francisco, joia revelada em Cotia, que fez valer a chance. Mesmo sem uma atuação brilhante, mostrou o faro de gol que muitos de nós vínhamos pedindo há tempos. No lance do empate, se posicionou com inteligência e cabeceou firme, sem sequer precisar saltar — gol de quem sabe o que fazer na área.

Mas nem tudo foi motivo para comemoração. Velhos erros voltaram a assombrar o time, principalmente pelas laterais. Igor Vinícius, ou melhor, nosso já conhecido “Estrupícios”, falhou logo nos primeiros minutos e deixou o setor aberto para o gol do Ceará. Um filme repetido.

Não é perseguição, gente, eu garanto: é realidade. Com ele em campo, o São Paulo não acerta na defesa, no apoio nem no cruzamento. Um jogador tecnicamente muito abaixo do que exige o nosso manto.

Outro ponto que cansamos de discutir é a insistência com Luciano como meia. Não dá. Não é função dele. No segundo tempo, ele simplesmente desapareceu. Sem criação no meio, o time perdeu força, a bola não chegava no ataque e o rendimento caiu drasticamente. Mais uma vez, fica claro que improvisações desse tipo só atrapalham.

No primeiro tempo, mesmo saindo atrás logo cedo, o São Paulo dominou o jogo. Faltou capricho nas finalizações? Faltou. Mas a postura foi correta: não se acomodou, buscou o empate e merecia ter ido para o intervalo em igualdade. O Ceará, depois do gol, simplesmente sumiu do mapa — tanto que o Rafael mal sujou o uniforme.

Já na segunda etapa, a história mudou. Zubeldía fez alterações difíceis de entender, como a saída de Ferreirinha para entrada de Cedric, matando a velocidade e o ímpeto ofensivo. As substituições desmontaram o time, que pareceu cansado, sem fôlego e sem ideias. E aí entra a preocupação: se o fôlego já está curto antes mesmo de o calendário apertar com Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro, o que esperar das próximas semanas?

Individualmente, alguns nomes da base precisam ser melhor avaliados. Enquanto Ryan Francisco aproveita as chances, Rodriguinho segue empilhando oportunidades desperdiçadas. Nem todo garoto de Cotia vinga, e está cada vez mais claro que paciência demais pode custar caro.

No fim das contas, o empate fora de casa, considerando os desfalques e a escalação alternativa, não foi o pior dos mundos. Mas é o quarto empate do time na competição. Empatar demais é perigoso. No Brasileiro, quem não ganha desce a ladeira sem nem perceber.

É duro admitir, mas a realidade é que este é o São Paulo atual. Quando a escalação apresenta Luciano improvisado, Igor Vinícius titular e um banco de reservas cheio de incógnitas, não há muito espaço para ilusões. O que resta é torcer, cobrar e, acima de tudo, entender que o campeonato é traiçoeiro. Quatro empates e uma vitória deixam o time patinando. E o campeonato não perdoa quem fica parado.

Agora, a maratona aperta: terça tem Copa do Brasil, sexta tem Fortaleza fora, depois viagem para enfrentar o Alianza Lima pela Libertadores. Se a perna já está pesada agora, o que virá pela frente exigirá mais do que nunca organização, inteligência e elenco.

Torcer por dias melhores é obrigação. Mas abrir os olhos para a realidade é questão de sobrevivência. E mais: São Paulo ganha e eu estou me segurando para não empolgar. Clique AQUI para ver.

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