(Por Rafael Andrade Jardim – Editor ‘Mundo SPFC’) – Depois da derrota por 2 a 0 para o Mirassol, dentro do Morumbi, ficou difícil sustentar qualquer esperança de que o trabalho de Luis Zubeldía vá engrenar.
Não se trata mais de uma oscilação normal de meio de temporada. O São Paulo entrou em modo “fuga do rebaixamento” — e fingir que está tudo bem é a receita perfeita para o desastre. Eu, pelo menos, estou preocupado.
Sou daqueles que sempre defenderam a permanência de técnicos durante uma temporada inteira, salvo em casos de risco real de queda. Eliminações acontecem, crises técnicas também. Mas quando o time começa a mostrar que não consegue competir nem contra elencos modestos, meu amigo, algo precisa ser feito. Estamos longe de uma ameaça matemática — são apenas 11 rodadas de 38 no Brasileirão — mas quem acompanha futebol sabe: se o desempenho não muda, o resultado logo cobra sua conta.
Até aqui, foram apenas duas vitórias em 11 jogos no Campeonato Brasileiro. E se contarmos todos os confrontos de 2024 contra times da Série A, são apenas quatro vitórias em 17 jogos. Como pode?!
Isso inclui Paulistão, amistosos nos Estados Unidos, Copa do Brasil e Libertadores. Na fase de grupos da Libertadores, é bom lembrar, os adversários tinham nível de Série B ou até C. E nem assim conseguimos impor respeito.
Não dá para tratar como coincidência um time que não vence há cinco rodadas no Brasileiro, que não ganha as partidas em casa pela Libertadores e que vive de lampejos pontuais. Não é só uma maré ruim. É um ciclo técnico e psicológico que se repete. E Zubeldía, com seu temperamento explosivo (chiliquento), suas decisões confusas e a insistência em barrar jogadores como Ryan, não mostra a menor condição de virar esse jogo.
Não estou dizendo que Zubeldía seja o único culpado. Pelo contrário. Aqui no blog meu alvo preferido é o senhor Júlio Casares, autor dessa situação terrível que estamos passando.
Há também uma parcela enorme de responsabilidade da diretoria (Belmonte, Muricy, Milton Cruz, e segue…), que monta um elenco com folha salarial na casa dos 15 a 20 milhões por mês, mas que simplesmente não consegue competir com times infinitamente mais baratos — como o próprio Mirassol. Nesse cenário, ou o treinador é fraco, ou o diretor de futebol é incompetente. Talvez os dois.
Enquanto isso, parte da torcida ‘profissional’ prefere proteger a gestão e calar quem protesta. Essa postura já custou caro no Paulista, quando o time teve duas semanas para treinar e voltou ainda pior. E agora querem repetir a dose, esperando a parada do meio do ano como se fosse mágica. Se nada mudar até lá, o estrago pode ser irreversível.
O São Paulo ainda tem tempo para reagir. Mas a janela está se fechando. Se quiser evitar uma luta humilhante contra a degola, precisa trocar o comando técnico antes da parada para a Data Fifa.
Esperar que o time “melhore com treino” é apostar num milagre que já provou não vir. E no futebol, milagre não se treina — se constrói com decisões firmes e corajosas. E mais: Ufa, no sufoco e com a cara do São Paulo do Zubeldia. Clique AQUI para ver.
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