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Por Rafael Andrade Jardim

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Não à venda de Cotia

Foto: reprodução vídeo; Vista aérea do CFA Cotia
Foto: reprodução vídeo; Vista aérea do CFA Cotia

(Por Rafael Andrade Jardim – Editor ‘Mundo SPFC’) O São Paulo está à beira de um acordo perigosíssimo com o grego Evangelos Marinakis, mas a torcida do clube, como sempre, fica à margem de uma negociação cheia de mistérios e promessas desconfiáveis.

É claro que Casares é bom em dar discursos pomposos, mas e a prática? O clube segue atolado em dívidas que ultrapassam a casa dos 700 milhões de reais, e o que vemos são migalhas jogadas para a torcida e uma opacidade que beira o desrespeito.

Quando o assunto é transparência, a gestão Casares peca gravemente. Todo o processo envolvendo Marinakis está sendo conduzido sem uma comunicação clara com os sócios e torcedores.

Afinal, quem é o São Paulo? Para quem realmente está sendo feito o clube? O torcedor se torna mero espectador do próprio destino, sem direito a um esclarecimento adequado sobre o que está sendo negociado e com quais reais intenções.

O que sabemos até agora é que os jovens talentos da base, o que restou daquilo que era orgulho e fonte de esperança do clube, estão sendo “entregues” de bandeja a um empresário desconhecido, com a promessa de que a vitrine internacional abrirá portas para eles. E a quem é verdadeiramente interessante esse acordo, é outro mistério. É o São Paulo ou empresário? É um ganha-ganha ou um perde-ganha?

Ao longo dos anos, Cotia produziu jogadores que se tornaram estrelas no cenário mundial, como Lucas, Casemiro, Antony e tantos outros. Agora, essa mina de ouro está sendo “parceirada” com um grego que pouco sabe do clube e que o clube sabe menos ainda sobre ele.

Quem garante que, com esse investimento, o São Paulo continuará formando jogadores para o time principal, ao invés de ser simplesmente uma fábrica de “mercadorias” que serão vendidas a preço de mercado? Não há respostas para essas perguntas. Só promessas vazias e números que não fazem sentido para quem vive o clube, não para quem busca lucro fácil.

O valor desse acordo está sendo cogitado em R$ 600 milhões, sendo que uma boa parte seria destinada à base, outra para o time profissional, e o restante para cobrir a dívida do clube.

Parece mais uma solução mágica, daqueles acordos que todos sabemos como começam, mas não sabemos como terminam.

Quando se fala de dívida, todos sabemos que o São Paulo já foi leniente demais. A dívida continua crescendo, a folha salarial também, e o que vemos é um presidente e sua gestão fazendo promessas de que este dinheiro “resolverá tudo”.

Em vez de usar a base como uma solução definitiva para a crise financeira, Casares e sua turma preferem seguir apostando no famoso “milagre” do dinheiro fácil, enquanto o time se afunda cada vez mais.

O valor é realmente preocupante. R$ 600 milhões, mais próximos de um acordo que poderia ser confundido com a criação de uma SAF, não é um investimento pequeno. E até agora nada foi dito sobre a garantia de que o clube terá controle sobre os processos de vendas e negociações envolvendo suas promessas de futuro.

Para quem o São Paulo do centenário está sendo feito? Certamente não é para a torcida, que segue sem respostas claras, engolindo mais uma decisão unilateral, que não consulta os reais responsáveis pelo clube: os torcedores.

O futuro parece sombrio e incerto. O que está em jogo não é apenas um possível fracasso financeiro do clube, mas o risco de um São Paulo cada vez mais distante de sua essência.

A venda da base, a pressão para que jovens joguem para serem vendidos e o aumento da folha salarial como solução para a dívida são receitas amargas de um passado que o São Paulo deveria ter superado, mas que, com essa gestão, parece reviver. E veja também: Minha aposta para a demissão do Zubeldia. Clique AQUI para ler.

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