(Por Rafael Andrade Jardim – Editor ‘Mundo SPFC’) – Ah, meus amigos, cá estamos nós novamente diante de rumores que nos fazem coçar a cabeça e pensar: “Será mesmo?”. Pelo menos, é assim que me sinto.
A possibilidade de Fernando Diniz retornar ao comando do São Paulo FC tem sido ventilada nos corredores do Morumbi, e confesso que isso me deixa mais apreensivo do que animado. Eu, definitivamente, não tenho mais idade para ‘saidinha’.
Mas, OK, vamos lá. Primeiro, vamos lembrar da última passagem de Diniz pelo Morumbi. Cheio de promessas e expectativas, ele chegou com um estilo de jogo ousado, priorizando a posse de bola e a construção desde a defesa.
No papel, parecia perfeito. Mas, na prática, meu amigo (!!!), quantas vezes vimos nosso time se enrolar na famosa “saidinha” de bola, entregando gols de presente aos adversários? A intenção era boa, mas a execução até hoje me deixou com trauma.
E só um parêntese: e na final do Mundial, entre Fluminense x City? Acho que os colegas cariocas devem sentir frio na barriga ainda agora lembrando do xará Tricolor tentando sair jogando contra o time do Guardiola.
Voltando ao nosso assunto: após sua saída do São Paulo, Diniz teve momentos de glória no Fluminense, conquistando a Libertadores em 2023 e a Recopa Sul-Americana em 2024.
Porém, esses feitos foram seguidos por uma fase complicada. O Fluminense começou mal o Brasileirão de 2024, e Diniz acabou deixando o clube. Em seguida, no Cruzeiro, os resultados também não foram animadores. Com um aproveitamento de apenas 28,57%, ele foi demitido após um empate contra o Betim pelo Campeonato Mineiro. Ou seja, desde as conquistas no Flu, Diniz não consegue emplacar uma sequência positiva.
O estilo de jogo de Diniz, que já foi considerado inovador, parece ter sido decifrado pelos adversários. A tal “saidinha” de bola, que deveria ser uma arma, virou motivo de pesadelo para nós, torcedores. Quantas vezes vimos nosso time perder a bola na defesa e sofrer gols bobos? A torcida do São Paulo está cansada desse tipo de erro, que nos traumatizou em partidas decisivas.
Atualmente, com Zubeldía, também não estamos vivendo dias felizes. Três jogos sem vitória no Paulistão 2025 aumentam a pressão sobre o treinador. Mas será que a solução é voltar ao passado e repetir erros já cometidos? Acredito que não. Precisamos de renovação, de novas ideias e, principalmente, de alguém que entenda as particularidades do nosso elenco e da nossa torcida.
Trazer Diniz de volta seria como assistir a um filme repetido, já sabendo o final. O São Paulo FC precisa olhar para frente, buscar alternativas que nos tirem dessa fase e nos coloquem novamente no caminho das vitórias. Repetir escolhas do passado pode nos manter presos aos mesmos problemas.
Portanto, por mais que a nostalgia nos faça lembrar de momentos bons, é hora de seguir em frente. Apostar novamente em Diniz seria como tentar reviver um capítulo que já sabemos o desfecho. O São Paulo FC merece mais. Merece um futuro promissor, construído com base em aprendizados passados, mas sempre olhando para frente.