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Os números não mente: Palmeiras e SPFC fizeram um jogo abaixo do esperado

(Por Rafael Andrade Jardim – Editor Mundo SPFC) O clássico entre Palmeiras e São Paulo, disputado pelo Campeonato Paulista, terminou sem gols, mas trouxe elementos táticos interessantes para análise. O que é incontestável é que a partida desagradou são-paulinos e palmeirenses.

Em um jogo de intensa disputa física, os dois times mostraram mais eficiência defensiva do que inspiração no setor ofensivo.

O Palmeiras teve maior controle da posse de bola (56% contra 44%) e construiu mais jogadas ofensivas, finalizando 15 vezes contra apenas 4 do São Paulo. No entanto, a superioridade alviverde não se traduziu em grandes oportunidades de gol, refletindo na baixa efetividade dos chutes a gol (apenas dois certos). O São Paulo, por sua vez, encontrou dificuldades para manter a bola e criar jogadas, finalizando apenas uma vez no alvo.

A forte marcação e o jogo truncado foram evidentes no número de faltas cometidas: 16 pelo Palmeiras e 15 pelo São Paulo, o que resultou em um jogo de pouca fluidez. O alto número de lançamentos (22 para o Palmeiras e 17 para o São Paulo) indica que ambas as equipes optaram por bolas longas em vez de um jogo apoiado e de construção paciente.

Defensivamente, o São Paulo teve papel importante ao bloquear quatro finalizações do Palmeiras, enquanto o time da casa não precisou bloquear chutes adversários.

Os escanteios (7 para o Palmeiras e 2 para o São Paulo) reforçam a maior presença ofensiva dos donos da casa, que pressionaram mais, mas sem furar o bloqueio são-paulino. Já no quesito passes, o Palmeiras trocou 409, com 352 certos, enquanto o São Paulo acertou 271 de seus 336 passes, o que demonstra uma menor capacidade de retenção e circulação da bola pelo Tricolor.

Taticamente, o Palmeiras tentou impor um jogo de domínio territorial, mas encontrou dificuldades para transformar volume em chances reais. O São Paulo, por sua vez, apresentou postura mais reativa, porém, com pouca agressividade nos contra-ataques.

No fim, o empate sem gols refletiu um clássico truncado, onde a eficiência defensiva superou a criatividade ofensiva. Para ambos os times, a lição que fica é a necessidade de maior precisão no último terço do campo, especialmente em jogos de alta exigência como este.